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A experiência psicanalítica: uma novidade no campo do saber

  • Foto do escritor: Esther Melo
    Esther Melo
  • 5 de jun. de 2022
  • 1 min de leitura

Atualizado: 15 de jan. de 2023

Demonstrando um exigente e rigoroso espírito científico, obstinado a levar luzes às trevas da subjetividade, Freud faz da psicanálise um “saber derivado, inteiramente, da ciência e fundamentado no princípio da inteligibilidade e razão cientifica” (p.19)

Todavia a Psicanálise subverte a relação tradicionalmente estabelecida no campo científico entre prática e teoria, enquanto a ciência exibe o caráter interdependente entre teoria e prática, na psicanálise esta relação se modifica ao passo de tornar impossível fazer essa separação: toda psicanálise é simultâneamente, teoria e prática. Há assim uma impossibilidade de explicação do que é o trabalho de análise de antemão, fora da própria experiência psicanalítica.

O saber psicanalítico, só se torna acessível por intermédio da própria experiência psicanalítica. Seu acesso se dá por meio de um trabalho, que Freud denomina como elaboração.

A novidade no campo do saber, que a Psicanálise traz, pode ser sustentada como contendo um estatuto próprio, autônomo e irredutível em três planos fundamentais: o teórico - o corpo conceitual da psicanálise é independente dos conceitos psicológico e das ciências médicas-, o metodológico - é inédito e produz efeitos que subvertem as relações tradicionais que constituem a ciência clássica moderna., e o ético-clínico - há um modo de ação sobre o real que se traduz, por exemplo, na constituição de uma clínica que está longe de esgotar-se, como ocorre nos discursos médicos-psicológicos, num campo de aplicação terapêutica. (Elia, Luciano, 1995).



Referência:

ELIA, Luciano. Corpo e sexualidade em Freud e Lacan. Rio de Janeiro: Uapê, 1995.

 
 
 

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